Sintaxe à vontade

Sintaxe à vontade

O que é dedicar muito tempo de sua vida a alguém? Você faria isso, abrindo muitas vezes mão de si mesmo?
Bom, acredito muitíssimo que quem ama as vezes faz isso e dependendo do tipo de amor ele cega e faz com que "essas pessoas" esqueçam-se de si por muito tempo.


Sim, existem vários tipos de amor, mas não é bem disso que eu vim aqui falar hoje, vim falar de confiança, de egoísmo, de ciúme, de injustiça.


Hoje em dia é muito difícil confiar nas pessoas, exatamente por que todos já vivemos tantas decepções, tantos desgastes por acreditar fielmente em uma pessoa e quando percebemos essa pessoa se comporta exatamente da maneira que nunca esperávamos. Também vivemos num mundo onde o egoísmo é exacerbado de tal forma que as pessoas só conseguem enxergar a si, e no entanto, julgam os outros pelas suas próprias atitudes, ou pior, julgam-os por atitudes de outras pessoas, acreditando que se alguém no passado agiu de forma errada, sem fidelidade ou lealdade, todas as outras mulheres que essa pessoa se relacionar serão desta assim, infiéis e desleais, o que de fato são erros gravíssimos!
Acreditava que depois de passar tanto tempo dividindo a minha vida com uma pessoa, abrindo-me, expondo-me da forma mais nua que já fiz, completamente entregue de corpo e alma a um 'amor', eu acreditava que o tempo e a vida mostrariam que ele poderia confiar em mim, que ele poderia contar comigo sempre que precisasse, como já havia contado outras vezes e vice-versa. Grande erro!


As pessoas pensam só nos seus problemas, cuidam de si próprias e preferem acreditar e sofrer por uma mentira inventada, 'sequelada', do que sentar e conversar. Esse tipo de pessoa, prefere sumir e tentar se resolver sozinha, "viajando" acreditando em um monte de caraminholas, do que ver a nítida e simples verdade.


Amar é bom, mas sem confiança é muito complicado, muito desgastante, pra não dizer impossível.


Acredito em uma coisa, Deus sabe o que faz e nada é por acaso. Só espero conseguir sair dessa da melhor forma possível, independente de qual seja o resultado.


Um pedido: Olhe ao redor, veja em quem podes confiar, veja quem esteve ao seu lado nos melhores e piores momentos do ultimo ano, depois disso pese o quanto o ciúme vale, e se vale esse sofrimento todo. 


Tenho feito isso, e isso me assusta.


beijosmeliga
JuanaBorges

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AMORES APERTADOS

Sabe aqueles banheiros mínimos, que quando um entra o outro tem que sair? Tem amores que parecem um banheiro apertado: só cabe um.
Ela ama o cara. Interessa-se pela sua vida, seu trabalho, seus estudos, seu esporte, seus amigos, sua família, enfim, ela está inteira na dele.
Ele, por sua vez, recebe isso de muito bom grado mas não retribui.
Não pergunta pelo trabalho dela, pelas angústias dela, por nada que lhe diga respeito.
Ela, obviamente, não gosta desta situação, mas vai levando, levando, levando, até
que um belo dia sua paciência se esgota e ela tira o time de campo. Aí ele entra.
De repente, como num passe de mágica, ele se dá conta de como ela é legal, de como ele tem sido distante, de como vai ser duro ficar sem a sua menina.
Então ele a torpedeia com e-mails e telefonemas carinhosos.
Mas ela é gata escaldada, não vai entrar nessa de novo.
Ele insiste. Quer vê-la, quer que ela entenda que ele é desse jeito tosco mesmo, mas que no fundo ela é a mulher da vida dele.
Ela é gata escaldada mas não é de gelo: então tá, vamos tentar de novo.
Ela entra com tudo.
Com a namorada resgatada, ele se isola novamente em seu próprio mundo, deixando-a conduzir tudo sozinha.
É ela quem o procura, é ela que o elogia, é ela que arma os programas, é ela que lembra das datas, é ela, tudo ela, só ela.
Quer saber: tô fora!
Aí ele entra. Pô, gata, prometo, juro, ó: vou cobrir você de carinho.
E não é que ele cumpre?
Passa a tratá-la como uma deusa, superatencioso, parece outro homem.
Ela aceita a deferência, mas não entra mais nesse jogo. Simplesmente não retribui o afeto dele, quase nunca telefona, sai com as amigas toda hora, e ele ali, no maior esforço.
Ela esnobando, ele tentando, ela se fazendo, ele se declarando. Até que ele enche: tô fora.
Aí ela entra. E ele esfria, e ela cai fora, e ele volta, e seguem neste entra-e-sai até o desgaste total.
Bom mesmo é amor em que cabem os dois juntos.


Martha Medeiros

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