Sabe que desde que eu me conheço por gente eu sempre tive uma idéia, quase um filosofia de vida, que é mais ou menos assim: Só procuro o que eu sei que quero achar, digo, só ir atrás se aguentar encontrar, seja lá o que for o que eu procuro. Não sei se vocês conseguem entender, mas a idéia é justamente não ficar fuçando onde não deve, sabe?! pra não encontrar o que os olhos e o coração não são capazes de aguentar.
Talvez essa seja uma idéia equivocada ou até mesmo fraca, medrosa, mas creio que toda felicidade é válida e em alguns momentos, isso te livra de algumas tristezas.
O motivo de estar citando isso agora é o fato de, pela primeira vez na vida, ter feito o contrário, ter ido atrás, ter fuçado até o meu coração não aguentar mais, e sabe do que mais? eu percebi que não há amor do passado que tenha poder sobre nós - a não ser que queiramos esse poder - e não há nada como se tocar dos passos infalsos e ainda ter chance de concertar as coisas antes que alguém se machuque.
Sabe Deus o que acontecerá essa semana que vem, porém, sei muito bem o que descobri nessa semana, sei que quando toca "Posso ouvir o vento passar, assistir a onde bater, mas o estrago que faz a vida é curta pra ver" o meu coração não vem mais à boca aceleradíssimoe ao dizer "Oi, amor!" minha voz não sai tão tremula como antes, sei que as minhas madrugadas não tem mais sido movimentadas, elas vem sendo tristes e que há um ponto de interrogação em minha mente pelas duas idéias, que podem até não parecer, mas são completamente contraditórias, pra mim.
Sei também de cartas e fotos sem fim, de uma vida inteira de amor, conflitos, carinho e dedicação. Sei que só ele vinha me entendendo nos últimos tempos, pelo menos até hoje... não sei até quanto tempo conseguirei compreender isso tudo, talvez vá além da minhas condições de compreensão.
Seja o que for, que seja o melhor pra todos.
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Então os dois se acharam na escuridão, ela com os pés no chão e ele não. Seu destino cego a lhes conduzir, sua sorte à solta a lhes indicar um caminho e dançavam lá em meio a tanta gente, se encontraram ali. Djô Djô, o mundo está tão mau lá fora. Djô Djô, onde irão vocês agora?
E tudo aconteceu quando as mãos se tocaram, quando os olhos nem viram, quando a noite chegou. Então eles se deram na convicção feitos um pro outro, mas por exclusão. Seu destino cego a lhes conduzir, sua sorte à solta a lhes indicar um caminho e dançavam lá em meio a tanta gente, se encontraram ali. Djô Djô, cai um temporal lá fora. Djô Djô, onde irão vocês agora?
E tudo aconteceu quando as mãos se tocaram, quando os olhos nem viram, quando a noite chegou. E tudo estremeceu: as paredes do tempo, os telhados do mundo, as cidades do céu. Eram os dois avessos aos normais, ela com os pés no chão, e o chão se abriu, um abismo e dançavam lá em meio a tanta gente, se perderam ali. Djô Djô, nada pára, nada espera. Djô Djô, que o destino assim quisera.
E tudo aconteceu quando as mãos se tocaram, quando os olhos nem viram, quando a noite chegou.
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